Quero agradecer aos que compareceram à exibição do filme brasileiro ESPELHO D'ÁGUA que ocorreu no auditório da E.E. Conselheiro Crispiniano dia 10/08/2012.
Como parte do nosso projeto sobre ÁGUA, o filme foi oferecido a vocês por se tratar de uma história que mistura temas como religiosidade, crendices, folclore e outros tantos à questão das águas do rio São Francisco.
Abaixo vocês poderão ler uma crítica e se alguém tiver encontrado um link para baixar o filme e ver em seu computador, por favor, torne-o público no espaço para comentários.
Espelho D´Água - Uma Viagem pelo Rio São Francisco (2004) traz um minucioso estudo das tradições nordestinas, somadas a belas paisagens da região.
O público poderá sentir certo deslumbramento pela sensibilidade do diretor Marcus Vinícius Cezar, que conseguiu explorar todo o encantamento do rio-tema e as peculiaridades que dele emergem, sejam sociais ou místicas.
Aqui, vale mais o roteiro cultural, geográfico e musical, banhado por suas águas, do que propriamente um enredo coeso, ou uma rica proposta dramática.
No entanto, é difícil diminuir as expectativas sobre o roteiro e, principalmente, sobre as relações humanas mostradas na obra, já que elas ganham importância no decorrer da história.

Isto é, mesmo convidados a contemplar um Nordeste de sonho e de decadência, somos acompanhados pelos retratos das vidas que correm paralelamente no filme, se entrelaçando nas margens do rio.
Logo no início nos deparamos com Sidó, uma misteriosa canoa de um pau só, inseparável de Abel (Francisco Carvalho), que traz em suas lembranças traços de um rio que jamais voltará a ser o mesmo.
Por meio dele conhecemos Penha (Regina Dourado), que representa a força da mulher nordestina e todo o imaginário popular das populações ribeirinhas.
Cada um deles se relaciona com o personagem principal, Henrique (Fábio Assunção), um fotógrafo que começa a se frustrar com seu trabalho.
É nesse ponto que o diretor deixa claro que Espelho D'Água é apenas uma idealização que se faz do rio São Francisco, sempre mostrado como belo e estetizado.
Enquanto Henrique parte para uma jornada de descoberta, não apenas do rio, mas de sua própria motivação pessoal, sua namorada, Celeste (Carla Regina), saí em sua busca, admirando-se com as tradições encontradas no caminho.
Em cada parada de Celeste, o diretor explora toda a riqueza do trajeto do rio, que começa no coração de Minas Gerais e atravessa os Estados de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco.
A qualidade da fotografia é irrepreensível, e a participação mais do que especial do ator Aramis Trindade, interpretando o hilariante Zé da Carranca, dá fôlego às aventuras de Celeste.
A beleza do rio São Francisco é um acerto no balanço final do trabalho.
Lembrem-se de que será pedida uma atividade sobre o filme durante esta semana.
Até lá!
ass: Prof.ª Silvia do Prado
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